Na ébria noite meu corpo se movia
sem meta e sem rumo
à procura do que eu não sabia,
mas almejava encontrar.
Nos bares e nas sarjetas,
nos morros e nas esquinas,
atrás daquilo que esperava ser minha alegria,
mas que duvidava se existia.
Porém, eis que numa noite rodopiante,
ao som ululante do que eu não ouvia,
me surge a bela figura,
que no raiar do dia seria a única da qual me lembraria.
Um raio de luz cortando as trevas,
uma deusa embelezando o inferno,
corando de inveja a própria Afrodite,
pela imensa beleza que irradia.
Um doce sorriso para o carrasco,
deixando-o de tal forma emocionado,
que o condenado ele pouparia.
E das trevas se fez luz,
do meu vazio coração fez brotar o amor,
a mais olorosa flor, que até então eu desconhecia.
E hoje a felicidade é sinônimo de seu nome,
e por isso eu te amo e agradeço por você existir
minha linda e doce Ayne.